quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Segue a Vida...


Se no começo da vida reunimos amigos, aumentamos a família e vemos a prosperidade como sinônimo de ganhos, na velhice, uma das coisas mais desagradáveis e dolorosas é lidar com as perdas. É o melhor amigo que se foi, o filho que mudou de cidade, a aposentadoria, a beleza que dá lugar às rugas.
Sem dúvida, lidar com isso exige maturidade e preparo emocional para não causar medos, traumas e depressão, mas não adianta encará-las como algo negativo, elas são naturais na vida de qualquer pessoa e devem ser vistas como tal. Não dá para achar que a vida se resume em perdas. Elas doem, a saudade bate na porta, mas a vida é assim e não há nada que se possa fazer para mudar isso. O melhor é encarar e seguir em frente pensando não no que se perdeu, mas no que ainda é possível ganhar.

Uma balança com saldo positivo

Uma das melhores alternativas para melhorar a qualidade de vida dos idosos, segundo especialistas, é mudar a concepção negativa de velhice e fazer uma avaliação dos aspectos negativos e positivos até ali. É só comparar para ver qual lado da balança pesa mais. Não tem como dar saldo negativo. Por pior que tenha sido sua vida, você pode aprender com ela, conheceu pessoas, amou, riu, chorou, isso é viver e a sabedoria dos mais velhos ajuda a compreender a vida desta maneira, basta tentar.

De bem com a vida

Se o assunto é qualidade de vida na terceira idade, a dica é relaxar e curtir o momento: a melhor maneira de afastar os pensamentos ruins é ocupar a cabeça e o tempo com atividades prazerosas, assim, mente e corpo entram em harmonia sem sofrimentos e frustrações.

Quer curtir a terceira idade longe da solidão? Preste atenção nas dicas de especialistas:




Sorria para a vida

Nada melhor do que o humor para combater os percalços que aparecem. O bom humor pode manter as pessoas saudáveis e aumentar as chances de uma vida longa, segundo estudo recente da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que avaliou mais de 53 mil pessoas durante sete anos. Os pesquisadores descobriram, por meio de alguns testes, que os participantes que eram mais bem humorados tinham o risco de morte reduzido em até duas vezes. Para melhorar a sua atitude positiva, aposte em uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins. A dica vem direto da Universidade de Essex, no Reino Unido, que descobriu que praticar atividades ao ar livre, por mais curtas que sejam (10 minutos bastam!), melhoram significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e para a autoestima.

Cultive bons amigos

Conseguimos sentir de longe os benefícios que a convivência com pessoas queridas nos traz. Mas, ter uma boa rede de amigos pode ser mais importante do que você imagina. Uma pesquisa recente da Universidade Brigham Young, nos EUA, descobriu que quem vive rodeado de amigos e vizinhos pode viver até 50% mais do que alguém que vive só. Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que obesidade, fumo ou sedentarismo.



Pratique exercícios físicos. Eles trazem saúde, bem-estar e favorecem o contato social.

Os benefícios da atividade física para a saúde do organismo somam uma lista extensa. Dizer não ao sedentarismo significa afastar de perto doenças como a obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, além de dar mais disposição e energia. Para colher todos esses benefícios, basta andar. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes. O cérebro também fica mais afiado. Um estudo norte-americano recente, publicado na revista Neuroscience, mostrou que durante os exercícios o corpo produz uma substância que estimula o nascimento de novos neurônios, o que melhora nossas atividades cognitivas, em especial a memória.

Durma bem

Repor as energias do dia com uma boa noite de sono é mais do que importante, é essencial! Um estudo da American Academy of Sleep comprovou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Dos 2.800 participantes da pesquisa, os 46% que relataram insatisfação com a saúde tinham também má qualidade de sono. Uma outra pesquisa da Associated Professional Sleep Societies afirma que quem sofre de insônia crônica corre três vezes mais risco de morrer em comparação à pessoas que não sofrem com o problema. Para os pesquisadores, o ideal são pelo menos 7 horas e meia de sono por dia.




Comer melhor

O cuidado com o que vai no seu prato é um dos pontos centrais para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias. O Centro de Pesquisas Médicas de Cardiff, no País de Gales, comprovou que vítimas de ataques cardíacos aumentaram as chances de evitar novos problemas em 29%, quando passaram a comer peixe pelo menos duas vezes por semana, graças a presença do ômega 3.

Respire bem

Separar uns minutinhos para prestar atenção na respiração pode ser a receita ideal para combater os desgastes mentais e físicos e, até a insônia, aumentando assim a sensação de bem-estar. Um estudo da universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que apresentam sérias dificuldades para respirar durante o sono têm 50% a mais de chances de morrer antes que alguém da mesma idade que não sofre das mesmas condições.

Apague o cigarro

Por falar em respiração, não é só da sua que você precisa cuidar não. Já parou para pensar que seu cigarro causa não apenas males terríveis ao seu organismo, mas também ao das pessoas ao seu redor? Um estudo da University College London, do Reino Unido, descobriu que a exposição à fumaça do cigarro dos outros pode aumentar em 50% os riscos de sofrimento psicológico. E outro estudo vindo do Canadá trouxe também que o fumo passivo está por trás do aumento de 40% dos casos de sinusite crônica. Portanto, o fumo passivo pode ser pior que a poluição. Mas, os fumantes precisam prestar atenção aos males do cigarro para o próprio organismo. Estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano, no Brasil, são decorrentes do tabagismo, responsável pelos riscos aumentados de câncer de pulmão, de boca e doenças cardiovasculares.

Não deixe de fazer as coisas que você sempre fez: ocupe-se

A aposentadoria pode fazer com que as pessoas se despeçam de papéis sociais que fizeram parte de suas identidades por muitos anos. Este momento é muito rico para se reinventar, descobrir novas aptidões e não deixar de lado o que sempre fez. Ocupar-se é  estimular a mente e o corpo. O sentimento de incapacidade surge quando abrimos mão de realizar as coisas, nos acostumamos com isso e quando voltamos a fazê-las percebemos que já não saem mais como antes. Isso vale para tudo: atividade física, artesanato, culinária, cantar ou tocar algum instrumento, frequentar algum grupo, visitar os amigos e parentes ou manter alguma ocupação profissional. O importante é sempre estar se mexendo. 



Aprenda a gostar de você

Trabalhe o seu autoconhecimento e sua autoestima para viver melhor. O conceito que temos sobre nós mesmos é definidor de como nos colocamos e nos portamos na vida, define o valor que vamos dar a nossa pessoa, ao nosso trabalho, as nossas opiniões, as nossas vontades, e aos cuidados para o nosso corpo e nossa saúde. E isso faz toda a diferença. Por isso é essencial ter um bom referencial de si mesmo, saber reconhecer seus valores, suas qualidades, e não ficar só se criticando, se cobrando, focado apenas nas suas limitações e dificuldades", explica o terapeuta Vicente Godinho.



Fontes: University College London, Johns Hopkins, American Academy of Sleep, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

Geração e revisão: Marcia Degani
Pesquisa e geração de conteúdo: Daniel Souza


Nenhum comentário:

Postar um comentário