segunda-feira, 9 de setembro de 2019

E por falar em amor



Hoje eu resolvi falar sobre o amor. Porque têm dias que a gente precisa dar um berro e nem o berro resolve. E porque a angústia é uma energia que precisa ser transmutada e liberada de alguma forma. Falar sobre energia  pode ser um bom começo para falar sobre o amor. Vamos ver o que "São Google" diz. 

Eis o que encontrei no site //www.significados.com.br/energia/:
"Energia é a capacidade de algo de realizar trabalho, ou seja, gerar força num determinado corpo, substância ou sistema físico. Etimologicamente, este termo deriva do grego "ergos", cujo significado original é literalmente “trabalho”. Na Física, a energia está associada à capacidade de qualquer corpo de produzir trabalho, ação ou movimento. O conceito de energia é utilizado no sentido figurado para designar o vigor, a firmeza e a força".

Energia, então, parece ser algo em estado potencial (ou dinâmico) que determina um certo tipo de resultado através de um trabalho específico. A energia térmica produz calor, a energia elétrica pode ser produzida através de uma usina hidrelétrica (força da água) ou de fontes renováveis (energia solar ou eólica - força do vento). A eletricidade liga esse notebook, carrega a bateria do meu celular e mantém minha geladeira funcionando, ao passo que a banana é rica em potássio, triptofano e me fornece os nutrientes que farão com que o meu organismo funcione. Cada fonte de energia cabe à uma função. Não tenho como me reabastecer me ligando numa tomada. 


Acho que ter nascido em uma família musical e ter começado a estudar música aos 9 anos de idade me facilitou entender o mundo como um complexo energético. Sempre foi muito fácil pra mim compreender que cada nota musical corresponde a uma frequência, que as frequências são ondas sonoras, que na natureza não tem "tom puro" porque quando um corpo vibra, os outros vibram também e o que resulta disso se chama "harmônico". A partir da música, fui percebendo que tudo é energia: o alimento, a água, o vento, o sol, os sons, as cores, o movimento do corpo, eu e você. E percebi também que os pensamentos e os sentimentos são altamente energéticos, pois eles também geram movimentos. Vai ser por aí que eu vou entrar no assunto do amor: palavrinha linda e desgastada, que tanta gente usa de forma irresponsável, manipuladora, pra não dizer leviana.

      
Não sei o que é o amor na sua totalidade, acho difícil que alguém saiba. Cristo definiu DEUS como "amor", então não deve ser coisa pequena. Não sei atribuir um significado para a palavra amor, mas acho que nestes 47 anos de vida aprendi a distinguir muita coisa que não é amor. Pensando em amor como forma de energia, imagino que seja uma força que só pode gerar coisa boa. Ah, mas aí vem a questão do bem e do mal, o que é bom e o que é ruim? O que é bom pra mim pode não ser bom pra você ou, como é que eu vou saber o que é o melhor pra mim? Tenho certeza absoluta que muita gente infinitamente mais inteligente que eu já queimou muito neurônio pensando nisso.
Meu raciocínio é básico e, para crer que o que estou escrevendo possa fazer sentido, lembro que o Reino de Deus pertence aos pobres de espírito e que Jesus foi um cara objetivo. O que penso sobre o amor é que nunca vi nascer mamão papaya de um pé de jatobá, pequi ou guariroba. Penso que o produto carrega a energia que o produziu. Entendo que quando alguém tem amor dentro de si, as suas atitudes, os frutos dessa árvore, não são indigestos pra ninguém. Que o amor "afina" com aquilo que é bom, belo e justo. Que o movimento dele é expansivo, tal qual o Universo. E que "desafina" com o movimento oposto, centrípeto, egoísta, egóico e umbiguista. É contraproducente e sofrido demais se colocar no centro do mundo, porque o mundo se organiza no coletivo e não no individual, logo a natureza preserva aquilo que favorece ao coletivo. O planeta é de quem habita nele: eu, você e as abelhas, considerando que se eu e você morrermos, não haverá impacto algum no ecossistema. Se toda a humanidade morrer, o mundo também continuará girando tal e qual, mas se todas as abelhas morrerem, mais de 120 mil tipos de plantas serão extintas, um verdadeiro desastre para o planeta. 

Termino por aqui, pensando que o amor "gira pra fora" enquanto o egocentrismo "gira pra dentro". E que a entropia leva à desordem e ao caos (na física, entropia é a medida não disponível para a realização do trabalho). Agora, antes de pensar naquilo que me falta, prefiro refletir sobre que "oitava" (ou campo energético) estou vibrando e o que estou atraindo. Talvez seja mais prático. Talvez o caminho seja mesmo de dentro pra fora. Até porque a expansão só ocorre se for do micro para o macro... 

Este texto foi escrito por uma pisciana... que está tentando "amar direito", "amar melhor" ou até mesmo "aprender a amar"... Que acredita no potencial energético daquilo que planta, sente dificuldade em colocar um ponto final nos seus textos e vai deixando reticências pelo caminho...