sábado, 10 de dezembro de 2016

MINHA VÓ CURAVA TUDO COM ÁGUA COM AÇÚCAR



É verdade. Minha vó curava qualquer doença com três dedos de água e um punhado de açúcar sempre na mesma quantidade, que vinha com o mesmo gostinho. E hoje quero falar sobre isso porque entendo um pouco mais sobre o efeito placebo.

Todo medicamento ao ser testado, para comprovar sua eficácia no organismo humano, é feito da seguinte forma: seleciona-se dois grupos, um que tomará o remédio e outro que tomará uma pílula igualzinha, só que de "farinha". Essas pessoas não sabem quais comprimidos são os "de verdade" e os "de mentira". Os remedinhos de "farinha" são chamados placebo. Aí faz-se as estatísticas de quem se curou. Sabe o que acontece? Em geral a diferença dos que se curaram com o remédio "de verdade" é apenas 10% superior àqueles que TAMBÉM SE CURARAM com o "de mentira". Tipo: 60% se curou com o medicamento testado e 50% com o placebo. Aí esses remédios vão para as farmácias e os médicos podem começar a receitá-los aos pacientes.

Mas essa diferença é muito pequena! Foi a primeira coisa que pensei quando soube disso. O que me espanta não é o remédio "que cura", mas é o "não-remédio que também cura", o que me faz pensar que a cura está dentro de cada um de nós. Um organismo que acredita que vai ser curado acaba dando um jeito, desencadeando reações através de seus próprios recursos. Imagina que bacana pra quem tomou o placebo. A pessoa confiou em uma pesquisa sobre um medicamento que nem havia no mercado, na esperança de que ele resolvesse o seu problema e entregou sua própria saúde nas mãos daquele laboratório. E saiu de lá curada! Tomando cápsula de "maisena"! Não é de se parar pra pensar?

Minha avó preparava essa água com açúcar e era batata, curava tudo. Ela acreditava nisso e aquele copinho vinha "energizado". A gente que o recebia, então, tinha certeza. Acho que essa coisa do acreditar desencadeia uma propriedade linda do nosso organismo que se chama homeostase. A homeostase é a capacidade dele se reequilibrar através de si mesmo. Toda doença é um desequilíbrio orgânico, aí a nossa mente toma o "remédio" seja ele qual for, que pode ter propriedades curativas (OU NÃO!), acreditando que vai "sarar". O remédio pode ajudar de fato, isso não se discute, mas será que ser curado não parte mais de uma decisão interna, da convicção de que o mal vai passar, que acaba desencadeando uma reação do próprio corpo nesse sentido?

Era bolsa de água quente, chazinhos, água com açúcar e "benza". Sim! Fui benzida diversas vezes por rezadeiras que ficavam passando uma plantinha pra lá e pra cá, às vezes a plantinha murchava e era sinal que o mal tinha saído. E tinha também muito amor. Que na minha opinião, é o único e melhor remédio do mundo.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

RECOMEÇAR - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE




Mesmo que o hoje te dê um não, lembre-se que há um amanhã melhor, a certeza de que os nossos caminhos devemos traçar ao lado de quem nos ama; com amor, paz, confiança e felicidade, é a base para se recomeçar.


Um recomeço, pra pensar no que fazer agora, acreditando em si mesmo, na busca do que será prioridade daqui pra frente; PLANOS? Pra que os fizemos, já que o amanhã é mistério? A qualquer momento pode ser tempo, de revisar os conceitos e ações, e concluir, que tudo aquilo que você viveu marcou, porém não foi suficiente pra que continuasse.

As lembranças passadas ficam, tudo que vivemos era pra ser vivido , o destino é como um livro do qual nós somos os autores, ele não vêm pronto, antes de nascermos ele está em branco, ao nascermos introduzimos as primeiras passagens, um começo, com o tempo através das escolhas vamos escrevendo-o página por página, rabiscadas, rasgadas ou marcadas, onde encontramos obstáculos onde indicarão a melhor hora pra recomeçar, nos últimos dias de vida concluiremos, e no final deixamos nossas historias marcadas no coração daqueles, que sempre farão parte de nossa historia, onde quer que estejam.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo.




quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Mal de Parkinson pode começar no intestino, não no cérebro.



Tremores e dificuldade de movimento: os principais sintomas do Parkinson têm tudo a ver com o cérebro. Mas um novo estudo traz indícios de que esse pode ser só o estágio final da doença. Sua  verdadeira origem estaria mais profunda, no intestino.
A desconfiança de que os médicos estavam olhando para o lugar errado começou quando uma pesquisa mostrou que 10 anos antes de apresentar sintomas, grande parte dos pacientes com Parkinson tinha um problema bem diferente: prisão de ventre.
O resultado passou por coincidência e a maioria dos experimentos continuou buscando no cérebro a razão da morte de neurônios que afetava tanto a mobilidade dos pacientes.
Um novo estudo feito no Instituto Tecnológico da Califórnia (CalTech) mostrou que as diferentes bactérias que vivem no intestino humano podem ter relação direta com o desenvolvimento do Parkinson.
Os pesquisadores começaram estudando as fibras tóxicas de uma proteína chamada alfa-sinucleína, que se acumulam nos neurônios e causam sintomas de Parkinson em questão de semanas.
O experimento usou uma série de ratos com DNA idêntico, geneticamente modificados para ter uma tendência maior a produzir essas fibras – não só no cérebro, mas também no intestino.
Os ratos foram divididos em dois grupos, um deles criado em jaulas normais e outro em ambientes esterilizados, sem germes. Os dois grupos se desenvolveram, com a mesma tendência genética, mas o quadro de sintomas motores do primeiro grupo piorou muito mais rápido. Já os ratos do ambiente esterilizado tremiam menos e tinham menos fibras tóxicas no cérebro.
Na segunda etapa do estudo, os cientistas separaram os ratos das jaulas especiais e injetaram a microbiota de seres humanos com Parkinson. Em algumas semanas, os problemas motores dos roedores foram ficando piores.
Em outros ratos do ambiente estéril, a microbiota injetada foi de humanos saudáveis – e a doença não avançou.
Os cientistas ainda não são capazes de afirmar que é exatamente isso que acontece com o corpo humano, mas eles estão confiantes que as bactérias do intestino regulam de alguma forma a ação do mal de Parkinson.
Uma das teorias é que certos tipos de microbiota levam o cérebro a exagerar na produção de alfa-sinucleína. O próximo passo dos pesquisadores vai ser comparar as bactérias intestinais de uma série de pacientes com Parkinson, para tentar encontrar quais patógenos eles têm em comum, que podem estar relacionados à progressão da doença.
Se der certo, a pesquisa tende a abrir caminho para novas formas de tratamento e prevenção do Mal de Parkinson – até 10 anos antes dos sintomas aparecerem.