sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A Sarcopenia no Idoso




Sarcopenia é uma doença caracterizada no paciente que perder a força muscular e afeta principalmente pessoas idosas, a partir dos 65 anos.  Diversos fatores estão ligados a este evento, podendo ser citados os déficits hormonais do envelhecimento, o déficit proteico alimentar, a baixa atividade física além da co-morbidade desencadeada por doenças como o Diabetes, o Hipotireoidismo, erros do metabolismo, doenças de má absorção, doenças imunológicas etc..

Em um adulto normal estima-se que a perda de massa muscular ocorra na proporção de 1 a 2% ao ano, podendo esta ser diminuída com medidas preventivas. Se levarmos em consideração estes valores descritos em inúmeros trabalhos da literatura, podemos aceitar que na 8ª década da vida o idoso terá somente 50% de sua massa muscular da juventude.

A Sarcopenia influencia diretamente na vida cotidiana do idoso. Uma perda de massa muscular implica em uma menor capacidade para a realização de tarefas do dia a dia, bem como uma menor capacidade de equilíbrio em terrenos acidentados (ruas com desníveis e buracos), causando uma tendência a quedas, o que explicaria a grande quantidade de fratura em idosos. Devemos aqui salientar que Sarcopenia e Osteoporose são alterações que costumam ocorrer conjuntamente.

Tentar prevenir a Sarcopenia do idoso é uma proposta válida, que com certeza implicará em uma melhora da qualidade de vida no decorrer do envelhecimento. Uma alimentação correta ou, por vezes, uma suplementação alimentar a base de Suplementos Proteicos Vitaminados, associada à atividade física com exercícios de resistência pode prevenir, ou mesmo reverter quadros de sarcopenia fisiológica.

A prescrição de exercícios adequados para cada indivíduo passa por uma análise de seu biotipo, sua dinâmica muscular, sua biomecânica articular e seu estado nutricional.

Além da inclusão de exercícios físicos e caminhada, o paciente que está em tratamento da doença precisa também mudar os hábitos alimentares e incluir alimentos que contenham proteínas, o que contribui no fortalecimento dos músculos. E Água, muita água!


Concluindo:  Exercício físico adequado junto com dieta balanceada, receitada e orientada pelo médico do paciente, que já conhece todo o histórico clínico, são aliadas para a melhor qualidade de vida e prevenção da sarcopenia no idoso. 

Fonte: Abril - http://saude.abril.com.br/

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Dra. Elizabeth Monteiro: "o filho é meu!"


Eis que “aquela” sua nora encrenqueira engravida. Você pensa que vai curtir o filho dela, seu neto? Está muito enganada, minha amiga! Se as estatísticas estiverem corretas, você vai ter te dar um duro danado para poder curtir o seu netinho ou netinha.
Porque, se você e a sua norinha já não se davam bem (apenas disputando o seu filho – marido dela), agora, então… vão disputar pelo filho dela – o seu neto.
E, pra complicar mais ainda, ela vai deixar bem claro que essa criança só tem uma avó que presta: a mãe dela! (rs rs rs). É melhor rir para não chorar. Agora ela pensa que tem “cacife” para disputar esse jogo com você.
Pessoas que têm dificuldades de relacionamento costumam fazer das alegrias um transtorno. Quando a criança nascer, tudo aquilo que ela engoliu e fingiu esquecer, voltará com toda a força na memória dela. E se você – vovó – for aquela jararaca que ela diz que você é… Perdeu!…

Noras e genros

Os estudos mostram que, geralmente, a avó materna tem menos problemas de relacionamento com a mãe do seu neto – a sua filha.
Estudos da Universidade de Cambridge mostram que 60% das reclamações familiares são feitas pelas noras e apenas 15% pelos genros, pois as mulheres carregam os seus maridos para dentro de sua família e a mãe do homem acaba sendo difícil de aturar.
O periódico americano Ecology Letters publicou um estudo, em 2012, indicando que a menopausa existe para que as sogras não tenham bebês junto com as noras, pois as chances da criança viver seriam poucas.
Mostra também que, se mães tivessem filhos ao mesmo tempo em que as filhas, haveria mais cumplicidade entre elas.
O que fazer então, para que essa convivência seja apaziguada?
Se a sua nora tem um vínculo de dependência muito forte com a mãe dela, o que você tem a dizer é que gostaria muito de poder exercer o seu papel de avó, mas que não quer ser uma avó intrometida e invasiva.
Diga que entende que a sua nora se sente mais à vontade com a mãe dela e que por isso estará sempre por perto, disponível a ajudar, quando requisitada. Não se meta a fazer nada por conta própria. Pergunte se ela quer ajuda.

Filho e neto

Quando for a hora do bebê nascer, não se enfie na maternidade. Pergunte antes, se a sua presença será bem vinda. Sei que é um direito seu, mas entenda que é um momento complicado para o casal. Então… muita calma nessa hora!
Nada de dar conselhos, nada de dar palpites e emitir opiniões. Se a relação com a sua nora não for boa, saiba agora que você é verdadeiramente “una persona non grata”.
Fica na tua! Tem nora que se incomoda com tudo. Aqui vai uma pequena listagem.
Elas se incomodam quando:

● Você palpita na escolha do nome do filho dela.
● Você leva suas amigas para visitar o filho dela.
● Você posta fotos do filho dela.
● Você lhe diz como ela deve cuidar do filho dela.
● Você vai visitar o filho dela sem pedir autorização a ela.
● Você chega com presentes para o filho dela sem consultá-la antes.


Elas se incomodam com tudo. Seja elegante e não compre essa briga. Deixe ela se “ralar” para dar conta do filho dela, até que entenda que a sua presença é fundamental na vida dela e agora, do seu neto ou neta.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

A comunicação do abraço




Eu poderia escrever o dia inteiro sobre este tema. Mas escrever da forma de um abraço é como se fosse abranger o todo em linhas que podem confortar o leitor. E esse é o desafio: Confortar, Acolher, Apertar entre os braços, Amplexo.

Dar um abraço como forma de comunicação pode ajudar os casais a terem uma relação ainda melhor.

Abraçar é a forma mais simples de liberar oxitocina, o hormônio do amor e da felicidade. Um abraço verdadeiro pode liberar as mesmas substâncias de quando você come um chocolate ou faz atividades físicas, trazendo diversos benefícios para o corpo e para a mente. Hummm, então fechemos os olhos ao saborear um chocolate que imediatamente seremos abraçados?  Muito bom!

Um abraço faz bem para a saúde física e emocional, ativa todo o corpo, auxilia na prevenção de doenças e acelera a recuperação do organismo. Além disso, um verdadeiro abraço traz proteção, amor e segurança que tanto faltam no mundo. Perceba como abraçar é muito mais do que um gesto de carinho, quando não é só para agradar o próximo. Abraçar tem que agradar a si também, senão não é puro.

E quando o abraço é protetor? Uma pessoa envolve os braços ao redor de outra, que está à sua frente. A proteção traz sentimentos de segurança, apoio e estabilidade. É uma forma de demonstrar intimidade, cuidado e responsabilidade, proporcionando conexão e boas energias para quem abraça e para quem recebe o abraço.

Temos também o abraço camarada ou abraço amigo, quando indivíduos se conectam frente a frente, dando tapinhas nas costas do outro. Esse é um abraço amigável, que demonstra alegria, afetividade e amizade, sem demonstrar um grau de intimidade maior. Este é um abraço normalmente é usado entre homens.

Agora, diante de tantas formas de abraçar, que são muitas, tantas leituras sobre essa ação afetiva, que uma coisa que não muda em todas é a energia afetiva. Só se abraça quando há algum tipo de intimidade. E intimidade nada mais é que uma proximidade com o desejo do bem estar em si mesmo. Então abrace sempre, seja afetivo com o mundo pois o mundo que você abraça é você se doando o amor.

Desafio permanente: cuidar de si mesmo - Leonardo Boff


Ao assumir a categoria “cuidado” na relação para com a Mãe Terra e para com todos os seres, o Papa Francisco reforçou não só uma virtude mas um verdadeiro paradigma que representa uma alternativa ao paradigma da modernidade que é a da vontade de poder que tantos prejuízos trouxe.

Devemos cuidar de tudo, também de nós mesmos, pois somos o mais próximo dos próximos e, ao mesmo tempo, o mais complexo e mais indecifrável dos seres.

Sabemos quem somos? Para que existimos? Para onde vamos? Que é o ser humano na natureza? Um nada diante do infinito, e um tudo diante do nada, um elo entre o nada e o tudo, mas incapaz de ver o nada de onde veio e o infinito para onde vai (Pensées § 72).


Na verdade, não sabemos quem somos. Apenas desconfiamos como diria Guimarães Rosa. Na medida em que vamos vivendo e sofrendo, lentamente desvendamos quem somos. Em último termo: expressões daquela Energia de fundo (imagem de Deus?) que tudo sustenta e tudo dirige.  

Junto com aquilo que de fato somos, existe também aquilo que potencialmente podemos ser. O potencial pertence também ao real, quem sabe, a nossa melhor parte. Cabe elaborarmos  chaves de leitura que nos orientam na busca daquilo que queremos e podemos ser.

É nesta busca que o cuidado de si mesmo desempenha uma função decisiva. Não se trata, primeiramente, de um olhar narcisista sobre o próprio eu o que leva, geralmente, a não conhecer-se a si mesmo mas identificar-se com uma imagem projetada de si mesmo e, por isso, falsa e alienante.

Foi Michel Foucault com sua minuciosa investigação Hermenêutica do sujeito (2004) que tentou resgatar a tradição ocidental do cuidado do sujeito, especialmente nos sábios do século II/III como Sêneca, Marco Aurélio, Epicteto e outros. O  grande motto era o famoso ghôti seautón, conheça-te a ti mesmo. Esse conhecimento não algo abstrato mas muito concreto como: reconheça-te naquilo que és, procure aprofundar-te em ti mesmo para descobrires tuas potencialidades; tente realizar aquilo que de fato podes.

Neste contexto se abordavam as várias virtudes, tão bem discutidas por Sócrates. Ele advertia evitar o pior dos vícios que para nós se tornou comum: a hybris. Hybris é o ultrapssar os limites e buscar ser especial, acima dos outros. Talvez o maior impasse da cultura ocidental, da cultura cristã, especialmente da cultura estadounidense com o seu imaginado Destino Manifesto (o sentir-se o novo povo eleito por Deus) é a hybris: o sentimento de superioridade e de excepcionalidade, impondo aos outros nossos valores, sancionados por Deus.

A primeira coisa que importa afirmar é que o ser humano é um sujeito e não uma coisa. Não é uma substância, constituída uma vez por todas mas um nó de relações sempre ativo que mediante a cadeia das relações está continuamente se construindo, como o faz o universo. Todos os seres do universo, consoante a nova cosmologia, são portadores  de certa subjetividade porque tem história, vivem em interação e interdependência de todos com todos, aprendem trocando e acumulando informações. Esse é um princípio cosmológico universal. Mas o ser humano realiza  uma modalidade própria  deste princípio que é o fato de ser um sujeito  consciente e reflexo. Ele sabe que sabe e sabe que não sabe e, para sermos completos, não sabe que não sabe.

Este nó de relações se articula a partir  de um Centro ao redor do qual organiza as relações com todos os demais. Esse eu profundo nunca está só. Sua solidão é para a comunhão. Ele reclama um tu. Do eu e do tu nasce o nós.

O cuidado de si implica, em primeiríssimo lugar, acolher-se a si mesmo, assim como se é com suas aptidões e seus limites. Não com amargura como quem quer modificar a sua situação existencial. Mas com jovialidade. Acolher o próprio rosto, cabelos, pernas, seios, sua aparência e modo de estar no mundo. Quanto mais nos aceitamos menos clínicas de cirurgias plásticas existirão. Com as características físicas que temos, devemos elaborar nosso jeito de ser no mundo.

Nada mais ridículo que a construção artificial de uma beleza moldada em dissonância com a beleza interior. É  a tentativa vã de fazer um “photoshop” da própria imagem.

O cuidado de si exige saber combinar as aptidões com as motivações. Não basta termos aptidão para a música se não sentimos motivação para ser músico. Da mesma forma, não nos ajudam as motivações para sermos músico se não tivermos a aptidão para isso. Desperdiçamos energias e colhemos frustrações. Ficamos medíocres, o que não engrandece.

Outro componente do cuidado para consigo mesmo é saber e aprender a conviver com a dimensão de sombra que que acompanha a dimensão de luz. Amamos e odiamos. Somos feitos com estas contradições. Antropologicamente se diz que somos ao mesmo tempo sapiens e demens, gente de inteligência e junto a isso gente de rudeza. Somos o encontro das oposições.

Cuidar de si mesmo é poder criar uma síntese onde as contradições não se anulam mas o lado luminoso predomina.

Cuidar de si mesmo é amar-se, acolher-se, reconhecer nossa vulnerabilidade, poder chorar, saber perdoar-se, perdoar e desenvolver a resiliência que é a capacidade de dar a volta por cima e aprender dos erros e contradições. Então escrevemos direito apesar das linhas tortas.


Fonte: http://cartamaior.com.br/?%2FColuna%2FDesafio-permanente-cuidar-de-si-mesmo% 


domingo, 20 de novembro de 2016

UMA FÁBULA SOBRE A RAIVA E A LIÇÃO DE QUEM JÁ VIVEU MUITO...



Era uma vez, numa aldeia distante, entre as colinas, um garoto raivoso que não conseguia passar um único dia sem desejar o mal a alguém. A fisionomia do menino destilava ira profunda e, bastasse alguém ter qualquer atitude que o desagradasse, ele se voltava contra essa pessoa em xingamentos e pregava peças, sempre de muito mal gosto. Ele já até era conhecido pelos aldeãos pelas maldades que fazia.  

Certo dia, espumando de raiva por causa de um dos meninos da aldeia, após tê-lo ofendido e ameaçado, decidiu construir uma armadilha na qual cavaria um buraco bem fundo e o cobriria com folhas secas, num lugar em que apenas este garoto costumava transitar. Assim ele levaria um tombo imenso e não o desagradaria mais, nem em pensamento.

Para que as folhas secas não caíssem dentro do buraco, decidiu colocar em baixo delas uma velha rede que estava guardada na casa de seu avô. Chegando lá, seu avô perguntou-lhe o que havia ocorrido, por que ele queria aquela rede e por que estava tão irritado. O neto respondeu que faria com ela uma armadilha para alguém que o teria provocado e o deixado com muita raiva.

O velhinho com muita tranquilidade disse a ele: filho, só darei esta rede para você se antes realizar para mim uma tarefa. Você irá comigo até o varal e esvaziará um saco cheio de carvão atirando-os sobre uma camisa que sua avó lavou e colocou para secar. O menino concordou em realizá-la e dirigiu-se com seu avô até o pátio onde ficava o varal. Chegando lá o velhinho disse: já que você está com tanta raiva, dou-lhe este saco bem grande de carvão para que os lance sobre a camisa. Descarregue toda a sua ira enquanto os atirar.

O menino entendeu que seu avô estaria lhe dando toda a razão e que aquela seria uma forma dele demonstrar isso. Havia muito carvão para ser atirado. Então o menino começou a jogá-los um por um e achou a brincadeira muito divertida, ao ver a camisa suja de preto. Após finalizar a tarefa, chamou o velhinho e disse: pronto, acabei. Não há mais um único carvão dentro do saco que não tenha sido atirado sobre a camisa. Já posso pegar a rede?

O avô então lhe respondeu: espere aí que vou buscá-la no celeiro. Minutos depois ele chegou com a rede e um espelho quase do tamanho de seu neto e exclamou: viu como você sujou os panos no varal? Agora olhe bem e veja o quanto você se sujou. E virou o espelho para o menino. O jovem levou o maior susto quando se viu, pois não havia uma única parte de seu corpo que tivesse permanecido limpa.
  
Seu avô entregou-lhe então a rede e advertiu-lhe: é isso que acontece com as pessoas que alimentam a raiva e articulam o mal. Pensam que estão prejudicando o próximo quando, na verdade, prejudicam muito mais a si mesmas e na maioria das vezes, nem conseguem perceber isso. Sempre que se sentir irado e planejar agir contra alguém, lembre-se que o prejuízo que causará a si mesmo será sempre o maior. 

SERÁ QUE ESTOU COM DEPRESSÃO? ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE NUNCA ME CONTARAM...



De uns tempos pra cá tenho observado um significativo aumento das postagens sobre depressão. Se surgem páginas dedicadas a esse assunto e aumenta-se a quantidade de compartilhamentos, deve ser porque as pessoas têm se identificado com esse tema. Há alguns anos, assumi-la era quase um tabu, quase não se falava sobre isso, pouca gente tinha a coragem de dizer que a estava sofrendo e, mesmo assim, acabava sendo considerado fraco pela sociedade. 

Hoje abro minha timeline e vejo incontáveis postagens sobre esse distúrbio. Se por um lado me alegro por constatar que existe um impulso forte das pessoas em relação à sua desmistificação, por outro, me preocupo, quando me deparo com artigos como o que li ontem, que caracterizam como possíveis sintomas dessa doença questões que, para mim e acredito que para muitos de nós, possam significar apenas fases ruins nos altos e baixos da vida. Copio pra vocês os tópicos principais do artigo: "8 atitudes típicas de pessoas que têm depressão":

1- Ela talvez não pareça deprimida.
2- Ela pode parecer exausta ou queixar-se de um cansaço constante.
3- Ela poderá ficar mais irritadiça.
4- Pode ser difícil para ela corresponder ao afeto.
5- Pode se recusar a participar de atividades que gostava muito.
6- Talvez passe a ter hábitos alimentares incomuns.
7- Os outros talvez passem a exigir mais de você.
8- Ela pode ter dias ruins e dias melhores.

Não estou querendo dizer que estes sinais não possam fazer parte de um quadro depressivo, a questão é que são tão subjetivos e comuns, que podem caracterizar um momento de vida difícil ou simplesmente fazerem parte da personalidade da pessoa. O problema que vejo é o poder de sugestão que isso tem. Outra coisa que questionei foi: para quem ele é destinado? Para os "não deprimidos" identificarem pessoas que estejam ou para os "deprimidos" se convencerem de que realmente o estão? Qualquer uma das duas hipóteses deveria conduzir à busca de ajuda especializada. Só que para este caso, há dois caminhos possíveis: a medicamentação e a psicoterapia.

Na minha opinião, qualquer terapia que leve ao autoconhecimento é positiva e válida em qualquer fase da vida e todo mundo deveria fazer. Um bom terapeuta também pode orientar a pessoa no esclarecimento dessa dúvida cruel e sendo necessário, estabelecer um diálogo com o psiquiatra. Muitas situações da vida são difíceis de se processar e alteram o nosso comportamento, se isso não ocorresse, estaríamos acima da espécie humana. Ninguém gosta de sofrer, de se irritar, de ficar indisposto, compulsivo para comer ou inapetente. A maioria de nós concorda que terapia é bom, mas se houver um remedinho pra resolver mais rápido, por que não?

Com base em um livro muito sério de um médico dinamarquês chamado Peter C. Gotzsche (no final passo a fonte pra vocês), vou enumerar alguns porquês de termos que tomar muito cuidado com a utilização dos remédios psiquiátricos e essas informações que repasso, ninguém nunca me contou. O livro foi lançado em 2014, tem dado muito pano pra manga e incomodado muita gente.  

1- As definições dos transtornos psiquiátricos são vagas e fáceis de manipular. "Psiquiatras importantes estão sob alto risco de corrupção e ganham mais dinheiro dos fabricantes de medicamentos do que os médicos de qualquer outra especialidade. A psiquiatria tornou-se a mina de ouro das grandes empresas farmacêuticas." Vamos lembrar que essa indústria, em termos de consumo, só perde para a alimentícia e está na mão de muito pouca gente em comparação com a dos alimentos. Ela só se equipara em lucros com a do cigarro e a do petróleo.

2-  Considerando os efeitos que os psicotrópicos têm, seu uso em larga escala é prejudicial. O uso prolongado desses medicamentos afeta negativamente o funcionamento do cérebro. "A maioria dos pacientes psiquiátricos ficaria melhor se não recebesse medicamento algum e os que necessitam de tratamento apenas precisam deles por um curto período de tempo ou de maneira intermitente."

3- O uso destes remédios causa dependência química e fortes sintomas de abstinência ao serem retirados. "As pessoas podem ter sintomas terríveis quando tentam parar, tanto sintomas que se assemelham com a própria doença como muitos outros que nunca sofreram antes. É muito infeliz que quase todos os psiquiatras - e os próprios pacientes - interpretem isso como sinal que ainda precisam do medicamento. Geralmente não. Tornaram-se dependentes, igual a um drogado que é dependente de cocaína ou heroína." Medicamentos para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Inibidores Seletivos para Recaptação de Serotonina (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, etc.) têm efeito de anfetamina, logo devem ser encarados como narcóticos sob prescrição e serem usados o mínimo possível.  

4- Ninguém nunca conseguiu provar que a depressão afete o funcionamento químico do cérebro mas já foi provado que o uso de medicamentos psiquiátricos, sim. "Nunca foi documentado que qualquer uma das grandes doenças psiquiátricas seja causada por um defeito bioquímico e não há qualquer teste biológico que consiga nos dizer se alguém tem determinado transtorno mental. A ideia de que os pacientes deprimidos têm carência de serotonina foi convincentemente rejeitada. (...) Os medicamentos psicotrópicos não corrigem um desequilíbrio químico, eles o causam, que é a razão pela qual é tão difícil livrar-se dos medicamentos de novo. Se ingeridos por mais do que algumas semanas, esses medicamentos criam a doença que pretendiam curar."  

5- "Não é saudável perturbar funções normais do cérebro com medicamentos sejam eles legais ou ilegais. Os medicamentos psicotrópicos podem levar à violência, inclusive ao assassinato. (...) A violência foi particularmente relatada com frequência para medicamentos psicotrópicos (antidepressivos, sedativos/hipnóticos, medicamentos para TDAH e para parar de fumar)."

6- Estes remédios causam efeitos colaterais, dentre eles dor de cabeça, agitação, perda da concentração para realização de atividades diárias como estudar e dirigir, apatia, distúrbios sexuais (diminuição ou anulação da libido) e outros bem piores, como impulsos violentos e suicidas.

7- Quando uma pessoa se acostuma a viver sob o efeito desses medicamentos, vai gradativamente perdendo a capacidade de reagir às adversidades através de seus próprios recursos internos. Fica cada vez mais frágil emocionalmente e quando pára de tomá-los, se sente abalada por questões que seria capaz de resolver ou lidar, caso não os tivesse ingerido.

Me ative aos aspectos mais relevantes do que ocorre com os adultos, mas o que mais me apavorou neste livro é a administração desses mesmos remédios para as crianças, me deixando preocupadíssima com essa nova geração. O que tem me levado à informação sobre esse assunto é minha própria experiência com o uso desses remédios. Perdi mais de 10 anos da minha vida sofrendo um tipo de dependência química que eu mesma desconhecia e todos os medicamentos que tomei foram prescritos por médicos. Observei também uma significativa perda na qualidade de vida em idosos medicados de forma abusiva. Outro dia também verifiquei que estes remédios têm sido indicados em larga escala para dependentes químicos de drogas ilícitas, alcoólatras, fumantes e para quem simplesmente quer emagrecer. 

Não sou totalmente contra a utilização desses remédios e sinceramente, acredito que possam ser muito úteis quando administrados de forma adequada por um médico responsável. Mas é importante também não confundir experiências de sofrimento naturais da vida com um diagnóstico de depressão. É claro que ela existe, precisa ser tratada e antes de qualquer coisa, quem está triste ou deprimido merece e precisa ser respeitado, acolhido e aceito.

Para quem se interessar no assunto vale muito a pena ler o livro. As partes grifadas foram compiladas e as não grifadas foram informações obtidas através de sua leitura.



sábado, 19 de novembro de 2016

Um em cada três casos de Alzheimer poderiam ser evitados


Um estilo de vida mais saudável poderia evitar um em cada três casos de Alzheimer no mundo, de acordo com uma pesquisa desenvolvida na Universidade Cambridge, no Reino Unido. A falta de exercícios físicos, o tabagismo e a baixa escolaridade são os principais fatores que podem levar ao desenvolvimento da doença.
O estudo, publicado ontem na revista The Lancet Neurology, elencou os sete principais fatores de risco para o Alzheimer: diabetes, hipertensão na meia idade, obesidade na meia idade, falta de atividade física, depressão, fumo e baixa escolaridade. Segundo os pesquisadores, um terço dos casos da doença está relacionado ao estilo de vida, que poderia ser modificado, evitando o problema. 
A redução de cada fator de risco em 10% poderia evitar cerca de 9 milhões de casos da doença até 2050. Os pesquisadores estimam que mais de 106 milhões de pessoas no mundo estariam vivendo com Alzheimer até 2050 — número mais de três vezes maior que o registrado em 2010, ano em que 30 milhões de casos foram diagnosticados.
— Se combatermos o sedentarismo, por exemplo, já podemos reduzir os níveis de obesidade, hipertensão e diabetes, impedindo que muitas pessoas desenvolvam demência — disse a professora da Universidade de Cambridge e líder da pesquisa, Carol Brayne.
Dos sete fatores de risco, a maior proporção de casos de Alzheimer nos EUA, Reino Unido e no resto da Europa pode ser atribuída à inatividade física, que também está relacionado a outros problemas de saúde como câncer e doenças cardiovasculares.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/bem-estar/noticia/2014/07/um-em-cada-tres-casos-de-alzheimer-poderiam-ser-evitados-4551114.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

GARÇONETE RECEBE HERANÇA DE CLIENTE IDOSO RANZINZA


Ser gentil e educado com quem está perto de você é algo prazeroso e que torna a convivência ainda melhor. Um bom exemplo dessa atitude é a garçonete Melina Salazar, que trabalha no restaurante Luby, em Brownsville, no Texas.
Ela sempre foi muito educada com todos os clientes, mas um em especial era o mais difícil de lidar. O veterano da Segunda Guerra Mundial, Walter Buck, de 89 anos, era ignorante e muito grosso com todas as meninas que trabalhavam por lá.
O homem fazia muitas exigências e queria tudo do seu jeito; a única que ainda tinha paciência em servi-lo era Melina. Ela era paciente, compreensiva, e não dava atenção ao lado ruim do senhor. 
A garçonete sempre servia as refeições exatamente como Walter preferia. Algumas vezes ele pedia que sua comida ficasse quente – tão quente que ele poderia até se queimar – e ainda assim, Salazar sempre obedecia com um sorriso no rosto, sem bufar ou reclamar.
A moça era a única que o servia, visto que as outras se recusavam a fazer isso. Então, quando o homem parou de ir ao restaurante ela notou sua ausência e procurou saber o que estava acontecendo.
Certo dia, Melina abriu o jornal e avistou o nome do velhinho rabugento na seção de óbitos. Ela ficou arrasada com o que tinha acontecido.
O falecido homem deixou à ela parte de sua herança: uma quantia de 170 mil reais e um carro. Ela ficou desacreditada com a atitude daquele senhor que ela mal conhecia.
Melina sabia que os clientes poderiam ser difíceis às vezes, mas disse que nunca sabemos o que está passando na vida de cada um deles para que hajam assim.
Ela expressou seu desejo de que outros garçons saibam que realizar o serviço com um sorriso no rosto é sempre o melhor caminho, pois aquele poderia ser o único gesto de bondade na vida da pessoa no momento.
Essa história nos mostra o quão importante é a nossa convivência com aqueles que estão perto ou com quem não conhecemos bem. As vezes, nós podemos realmente ser a unica pessoas que o outro tem para se sentir bem.
http://www.diariodaweb.com/garconete-era-unica-que-tratava-bem-cliente-ranzinza-quando-ele-morre-ela-cai-pra-tras-com-o-seu-testamento/

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O MENINO E SUA MÃE AO COLO - PADRE FÁBIO DE MELO



Descansa no meu colo 
Tua cabeça de mulher 
Deixa que eu seja teu pai, 
Ainda que por um instante
Vivamos o parto às avessas
Eu, que sou teu filho,
Por ora quero ser teu pai
Só para ter o prazer de te ver menina
Tão cheia de sonhos
Só pra puxar os teus cabelos
E nele colocar laços bordador de alegrias
Cores de tempos antigos, distantes,
Quando nem imaginavas que eu seria o teu filho
Vem aqui, fica quietinha
Permita que eu cuide de tuas coisas,
De teu guarda-roupas tão cheio de desordens,
Não importa
O remédio eu te trarei,
Teu alimento eu plantarei, e ajeitarei
O teu travesseiro de um jeito que gostes,
Só para descobrir a alegria,
A alegria de reverter os poderes do tempo
E poder inverter a ordem dos fatos
Só para ter a graça de te chamar de minha filha,
Minha menina, minha mãe que é minha "Ninha"
Só para ter a graça de evitar os teus choros futuros,
Tuas dores constantes, teus medos tão delicados
Medo de me perder, de que eu morra antes da hora,
E de que não esteja por perto no momento
Em que eu precisar de tua mão,
Como passado, quando me conduzias contigo,
Como se fossemos um só, um nó de gente,
Amarrado e costurado no amor que sobrava no teu peito
Que Deus esqueceu no mundo e eu vi de perto
Refletindo nos teus olhos quando a vida
Nos apresentava motivos para perder as esperanças
Oh, minha mãe, que saudade eu sinto de nós dois juntos.


Livro: Quando o sofrimento bater à sua porta.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

VOCÊ ATRAI O QUE TRANSMITE - MARLY CASSIANO



Assisti esses dias o filme "Você atrai o que transmite", do palestrante Aldo Novak, que me lembrou de tantos outros como "The Secret", "Quem Somos Nós?" e como logo após assistir você cria uma motivação quase "mágica" de que tem todas as condições pra conseguir tudo o que quer. O pior é que é verdade. Dá tudo certo quando você pratica. 

Posso garantir que todas as vezes que realmente tracei um objetivo - algo que realmente quis, a mágica funcionou. E não funcionou porque é mágica. Acredito mais que temos esse poder, um presente de Deus "tudo o que pedir, se tiver fé, Eu lhe darei". Nós podemos criar! Tudo o que existe antes de ser matéria, foi um pensamento, que de tanto ser pensado e almejado, transformou-se em algo concreto.

É pena que acreditamos que só algumas coisas são possíveis. Nossas crenças e padrões mentais nos vigiam o tempo todo como querendo impedir que você possa desejar o que parece inatingível. Não importa se é um emprego, relacionamento, saúde ou coisas materiais - nós podemos tudo!

Mas aí você pergunta: se é assim, por que a Marli continua "descaderada"? - Não sei se continuo, pois foi a partir daquele momento, há mais de 10 anos que passei a valorizar tudo o que eu tenho. Foi há 10 anos que o médico disse que eu não passaria mais de 2 anos de vida (nossa! já era para eu estar "no planeta do alface"). Conheci tanta gente boa, com histórias que deixariam a minha tão pequena. Pessoas que a partir de um fato, às vezes emocional, às vezes financeiro, tiveram suas vidas roubadas, tomadas pelo destino e apesar disso não desistiram, aproveitaram pra mudar, pra simplificar, pra curtir cada instante como se fosse o último.

Esse é o segredo: elimine todos os pensamentos desnecessários, pare de pensar nos outros, nas coisas, na tv, na novela. Pense naquilo que você mais quer hoje (não adianta querer Mercedes, coisas que não tenham a ver com a sua realidade). Trace uma meta, com data determinada, veja tudo o que precisa pra ajudar a concretizar sua meta, escreva isso, leia todos os dias - não desista.

Nunca se esqueça, você atrai o que transmite. Você transmite o que pensa!
- Tenha sempre pensamentos bons.
- Agradeça por tudo (às vezes, pode parecer uma coisa ruim, mas que trará um resultado bom).
- Seja educado e gentil.
- Deseje sempre o melhor para o outro.
- Faça sua lista de desejos considerando as prioridades, aquilo que vai te fazer bem.
- Escreva sua lista, desenhe, cole as figuras, visualize e guarde essas imagens, não importa o que aconteça, em pouco tempo você receberá tudo o que escreveu.
- Os padrões negativos foram criados por pessoas, por opressão. Deus nos dá tudo. Esse é o milagre. Peça e esteja preparado para receber.

Fonte: http://otempoqueexisteemnos.blogspot.com.br/2009/02/voce-atrai-o-que-transmite.html

domingo, 13 de novembro de 2016

MENSAGENS DE PAZ PARA O NOSSO DOMINGO



EM BUSCA DA PAZ


Quando o esforço é verdadeiro o resultado é profícuo. O universo agradece o empenho nos oferecendo mais possibilidades de trabalho e crescimento. O momento então é de paz e assim como o frio do inverno dá lugar às flores e o calor da primavera, a vida reverencia o bom homem que absorve o ensinamento da lida, no esforço do esmero pelo aprimoramento próprio pelo bem comum.

O crescimento se dá de forma gradual e lenta e quando temos perseverança ele é continuo e intenso. A descoberta da vida em nosso interior e o exercício de nossa vontade maior nos leva inevitavelmente ao embate entre a nossa alma e a nossa personalidade e quando este encontro se dá com a submissão da nossa personalidade à vontade maior da alma, tudo de bom acontece.

Mantendo sempre o equilíbrio, centrando a nossa atenção ao alento que nos alimenta a cada instante, abrimos o campo da nossa consciência e a nossa percepção consegue atingir regiões mais recônditas em nosso universo ubíquo.

Mantendo a nossa ligação com a fé verdadeira no Criador nos mantemos distantes das forças involutivas da vida e podemos crescer mais rapidamente. Lembremo-nos que os tempos estão aí, não sabemos o que pode acontecer nem sabemos para onde vamos. Nos prepararmos da melhor forma para a partida é a única maneira de nos assegurarmos que estaremos prontos no momento certo.


AFINAL, O QUE É PAZ


Paz não é apenas a ausência de guerra entre os países. 
Paz é garantir que todas as pessoas tenham moradia, 
comida, roupa, educação, saúde, amor compreensão, 
ou seja, boa qualidade de vida. 

Paz é cuidar do ambiente em que vivemos, garantir 
a boa qualidade de água, o saneamento básico, 
a despoluição do ar, o bom aproveitamento da terra. 

Paz é buscar a serenidade dentro da gente para 
viver com alegria os bons momentos, ter força e 
boas idéias para enfrentar os problemas e 
resolver as dificuldades
Isso tudo sem precisar fugir. 

Acima de tudo, paz é criar um clima 
de harmonia e bem-estar na família 
e na comunidade, lembrando-se sempre 
de que onde há amor, há paz. 
Onde há paz, há Deus e onde há Deus, nada falta.

https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/598




quarta-feira, 9 de novembro de 2016

COMO A SOLIDÃO AFETA A SAÚDE DOS IDOSOS?



Em momentos de tristeza, raiva ou decepção, muitas pessoas preferem se isolar e buscar sua tranquilidade na solidão. Contudo, chega um momento em que nos acalmamos e com isso sentimos a necessidade de voltar a sentir a companhia e o apoio de todos aqueles que, de uma ou de outra forma, nos motivam a viver. Quase ninguém, por decisão própria, decide ficar sozinho, já que estar rodeado de mais pessoas e se sentir importante para alguém é uma necessidade que todas as pessoas têm.

O triste é que algumas pessoas, sobretudo ao chegarem à velhice, sofrem de isolamento por parte da família e seres queridos ficando, muitas vezes, completamente  abandonados  até o dia de sua morte. Já foram feitas pesquisas sobre esse assunto e foi descoberto que a solidão é um problema grave de infelicidade que incide na morte prematura. Também, foi demonstrado que está associada com o deterioramento da saúde mental e doenças cardiovasculares, hipertensão e demência.

Como a solidão afeta os idosos?

Estima-se que 10% dos idosos padecem de solidão maligna, isto é, aquela que compromete a saúde física e emocional. Dentre todos eles, 70% tem um problema de saúde grave associado à solidão, problemas tanto no campo psicológico como no físico.

Em geral, a solidão influencia na saúde cerebral de uma forma muito similar ao do estresse crônico. Ambos provocam uma resposta negativa no sistema endócrino e no sistema imunológico o que, por sua vez, faz com que o organismo fique mais propenso a desenvolver diferentes patologias.

Casal-de-idosos

Segundo o diretor do Instituto de Investigaciones Psiquiátricas (Instituto de Investigações Psicológicas – IIP), o doutor Manuel Martín Carrasco, “as doenças comuns no estado de solidão são a hipertensão arterial, a diabetes, as infecções repetidas, a ansiedade e a depressão”.

No caso das pessoas idosas, os efeitos são mais diretos e negativos devido à diminuição da capacidade de resistência fisiológica, isto é, a capacidade que tem o organismo para suportar e se adaptar a condições adversas, além da redução dos mecanismos de reparação, como consequência do próprio envelhecimento. O mais preocupante é que se estima que o problema da solidão nos idosos está aumentando e que em alguns anos poderá se tornar em um problema da saúde pública mundial.

Para os experts no tema, qualquer redução da solidão pode significar em benefício para a saúde do idoso, pois se considera que “o primeiro fator que assegura uma boa qualidade de vida é ter relações sociais”.

O presidente da Organización Women’s Royal Voluntary Service (Organização de Serviço Voluntário Real Feminina), David McCullough, que conta com o apoio de mais de 40.000 voluntários apoiando idosos no Reino Unido, assegura que a problemática da solidão e suas consequências para a saúde estão se estendendo.


Ele e seu grupo de voluntários estão tratando de ajudar as pessoas desamparadas, principalmente os idosos que, em condições de solidão, já sofrem com doenças, perda de mobilidade e problemas mentais. Os dados revelados no Reino Unido mostram que grande parte da população de idosos se sente sozinha ou abandonada, em especial a partir dos 65 anos.

Por isso, levando em consideração que qualquer contato social diário pode diminuir os efeitos da solidão, a Organización Women’s Royal Voluntary Service trabalha para alimentar, abrigar e acompanhar aquelas pessoas que, por uma ou outra razão, ficaram sozinhas nesse mundo.

Existe uma solução?

Quando o idoso está em condição de solidão, um dos fatores determinantes é o tipo de atividade social que ele teve durante toda sua vida. Neste sentido, é complicado dar tratamento e apoio a um idoso que a vida toda teve dificuldades para socializar e que foi marcado pela rejeição, a desorganização ou o temor. Contudo, com um tratamento personalizado e com intervenção psicológica e, inclusive, psiquiátrica, é possível dar uma solução para todas essas situações que, em outros momentos da vida, não foram resolvidos.

Além disso, os grupos de apoio, os serviços que oferecem companhia, os grupos de terceira idade e o simples fato de se ter uma pessoa durante o dia para conversar, podem contribuir para superar a solidão e melhorar a saúde em muitos aspectos.


TEXTO ORIGINAL DE MELHOR COM SAÚDE

‘Filhos têm obrigação de cuidar dos pais idosos’, afirma advogada


A advogada Antonieta Nogueira é especialista em direito do idoso. Ela deu mais informações sobre o tema abordado no último episódio de "O conciliador": o dever dos filhos em relação aos pais idosos. Antonieta explica o que diz o Estatuto do Idoso.
“O Estatuto do Idoso só veio confirmar algumas atribuições que já existiam na Constituição Federal, com referência à responsabilidade dos filhos e os cuidados dos pais. Uma determinação que se tem: que os pais ajudam e são responsáveis na criação dos seus filhos e, em contrapartida, os filhos amparam seus pais na velhice. Qualquer contrariedade no sentido de colocar o pai num asilo, ou promover maus tratos ou qualquer ofensa física, verbal ou moral, isso é punido. Sobre a questão do abandono, a pessoa não necessariamente precisa abandonar o idoso. O abandono pode ser caracterizado pelo simples fato de se chegar ao imóvel, constatar que o idoso não está sendo medicado adequadamente ou se ele não está tendo a higiene adequada. Isso já é uma questão de abandono”, explica Antonieta Nogueira.
A advogada avaliou também o caso de Dona Pipi, de 78 anos, apresentado no último domingo (16). “A princípio, a vontade do idoso deve ser sempre respeitada. Nesse caso específico, trata-se de uma idosa consciente e lúcida. Ela tem condições de fazer sua opção. O excesso de zelo dos filhos não está indo ao encontro da vontade da idosa. Às vezes, por excesso de amor, os filhos pecam um pouco e não atendem à necessidade principal que é a vontade dela. Dona Pipi tem um companheiro, e ela tem essa preferência de ficar ao lado do companheiro. Há uma diferença muito grande, sobretudo nessa fase da vida, na questão do afeto: o afeto que ela recebe dos filhos e do companheiro é diferenciado. Nada impede que os filhos, mesmo distante delas, prestem auxílio a ela, de maneira que Dona Pipi permaneça em seu lar. Ao menos que ela não tivesse condições para isso. Se ela estivesse numa situação de dependência, aí seria outro caso – inclusive, de os filhos ingressando em juízo”, disse.
Sobre a mediação com idosos, Antonieta Nogueira ainda destaca: “A cautela que nós temos é uma avaliação de toda a estrutura familiar. O que ele conquistou até hoje chegando nessa trajetória da vida, qual a relação afetiva que ele tem com o patrimônio e com a cultura e qual o nível de conhecimento dele para a gente chegar numa negociação. O que nós vamos respeitar numa negociação é essa diferença entre gerações. Os valores atribuídos na geração atual são muito diferentes dos valores atribuídos na geração anterior. É essencial que se tenha esse olhar na hora de fazer a avaliação numa negociação”. 
http://g1.globo.com/fantastico/quadros/o-conciliador/noticia/2010/05/filhos-tem-obrigacao-de-cuidar-dos-pais-idosos-afirma-advogada.html

10 SINAIS QUE CONFIRMAM QUE VOCÊ ESTÁ ESTRESSADO : ATENÇÃO!






Por Amanda Cruz

Uma pessoa que está passando por um alto nível de estresse é, geralmente, conhecida por sua irritabilidade, nervosismo ou desequilíbrio emocional. Porém, quem vive na pele as consequências desse problema pode notar alguns sintomas que vão além dos aspectos comportamentais, afetando a pessoa fisicamente.

“Aquilo que não conseguimos lidar emocionalmente acaba sendo descarregado no corpo, se expressando através de sintomas físicos”, afirma a psicóloga Marina Vasconcellos. Separações, dificuldades financeiras, pressão no trabalho, luto e a rotina desgastante podem acarretar em um quadro de alto estresse. Abaixo, conheça alguns dos sinais que o corpo apresenta nessas situações:

1. Dificuldade para dormir
O estresse em excesso é capaz de atrapalhar e muito o sono, pois a pessoa não consegue parar de pensar em seus problemas. “Determinados acontecimentos podem ser facilmente vividos e elaborados por alguns, mas não por outros, que não conseguem encarar a questão”, afirma Marina. Isso só traz sofrimento e transtornos para a pessoa.

2. Queda de cabelo em excesso
Notar um aumento na queda do cabelo pode ser um indicativo do estresse, mas tudo deve ser analisado de perto por um profissional. “Os sintomas, isoladamente ou somados, ajudam a avaliar se a pessoa estaria vivendo o estresse”, diz o mestre em psicologia Marcello Accetta, professor de psicologia do Centro Universitário Augusto Motta.

3. Cansaço demasiado
“O estresse obriga a pessoa a parar e olhar para a vida, rever seu ritmo, analisar o que pode e deve ser mudado, aprender a relaxar e se cuidar”, destaca Marina. Quando as noites de sono não são mais suficientes para acabar com o cansaço, algo pode estar errado.

4. Alergias de pele
Você nunca teve problemas com reações alérgicas e então, da noite para o dia, aparecem irritações na pele? Essa pode ser uma manifestação do estresse. “Nunca devemos pensar que o sofrimento psicológico acontece separadamente do nosso corpo. Nossas emoções, nossos sentimentos, bons ou ruins, sempre se manifestam através do nosso corpo”, de acordo com o psicólogo.

5. Gastrite e úlceras
Tentar ter controle sobre tudo só irá piorar o quadro de estresse. Tirar alguns momentos para você e relaxar é extremamente importante para a saúde mental.

Momentos de estresse elevam os danos causados à parede do estômago, podendo gerar casos de gastrite e úlceras. Marcello alerta que, quanto maior o tempo que a pessoa permanecer convivendo com os sintomas físicos do estresse, mais o problema se agravará, então nenhum sinal deve ser ignorado.

6.Tensão muscular
“Exercícios físicos regulares ajudam bastante a descarregar as tensões, assim como a prática da meditação. Tente estabelecer limite de horas para trabalhar diariamente”, destaca a psicóloga. A tensão também pode se manifestar na mandíbula, fazendo a pessoa até ranger os dentes durante a noite.

7. Imunidade baixa
Quadros de estresse intenso podem baixar significativamente a imunidade, acarretando em diversas doenças. O tratamento, porém, pode estar diretamente ligado à rotina que a pessoa leva, de acordo com Marina: “Se a pessoa conseguir mudar seu estilo de vida estressante e cuidar mais de si, estará se tratando adequadamente”.

8. Dores de cabeça
Apesar de ser algo considerado “comum”, a dor de cabeça não deve ser subestimada. “O estresse está diretamente ligado com a forma como nos relacionamos com nossos objetivos, sonhos, atividades diárias e nosso nível de satisfação com tudo isso”, lembra o especialista.

9. Mudanças de apetite
Tanto o aumento, quanto a diminuição significativa do apetite, repentinamente, podem indicar que algo está errado. “Ao diagnosticar um paciente com estresse, o mais importante na clínica psicológica é poder compreender como o momento que essa pessoa está vivendo”, aponta Marcello.

10. Tonturas
Ficar sob situações extremamente estressantes pode gerar uma certa tontura, por causa da irritação no labirinto, órgão na área interna do ouvido. “Esse tipo de situação ocorre quando o corpo se manifesta para ‘lembrar’ ou ‘avisar’ que algo não está bem e precisa ser checado”, ressalta Marina Vasconcellos.


TEXTO ORIGINAL DE MINHA VIDA