quarta-feira, 8 de março de 2017

INVEJA É ADMIRAÇÃO MAL RESOLVIDA



Tudo o que a gente escreve acaba sendo um pouco pessoal. No mínimo, aquilo que escrevemos passa pelo nosso próprio crivo e carrega as conclusões que tiramos de nossas experiências. Falar sobre a inveja leva em consideração os dois lados da moeda: as invejas que sentimos e as que outras pessoas sofrem por nós. Digo sofrem, poque a inveja causa um tremendo sofrimento em quem a sente. Eu já senti, às vezes ainda a sinto e acredito que todo mundo sente. É humano, como uma série de outras negatividades que temos que trabalhar.

Não é tão difícil enxergar que a inveja surge quando acreditamos que alguém é mais favorecido do que nós: mais bonito, mais rico, mais amado, mais feliz, mais realizado, mais bem sucedido, mais popular e a lista corre. A questão é que o outro grita que possui algo que falta na gente e criamos uma antipatia infinita por aquela pessoa, que pode nem ter feito coisa alguma de mal para nós e o que quer que ela faça acaba virando motivo pra gente implicar e achar que ela é um horror.

Outro dia vi um vídeo do Leandro Karnal dizendo que amigo de verdade é aquela pessoa que fica feliz quando a gente está bem, sobretudo diante das nossas conquistas. Sempre achei isso. Por que será que quando a gente está na pior aparece um monte de gente "solidária" e quando está bem a maioria destas pessoas simplesmente desaparece? Deixo a reflexão por conta de quem está lendo e aproveito para agradecer-lhe pela leitura, pois é muito bacana a gente se expressar e ter receptores. 

Voltando à inveja que a gente sente, porque sem isso não conseguiremos compreender a inveja dos outros, é muito interessante observar em nós o momento em que essa inveja "passa". Geralmente ela passa quando estamos bem, quando as coisas boas da vida dos outros nem nos chamam mais a atenção. E aí aquela antipatia que sentíamos se dissolve no ar como uma nuvem de vapor. E aonde fica a admiração? A admiração pode não ser necessariamente pela pessoa que causou a nossa inveja: pode ser simplesmente pelo corpo que gostaríamos de ter, pelo dinheiro que tem na conta dela e não tem na nossa, pelo namorado/a lindo que ela tem e a gente quer acreditar que é perfeito. Mas pode ser também pelos filhos que ela educou, pelas oportunidades que ela soube aproveitar e a gente quer pensar que foi o Universo que a favoreceu ou mesmo pelo corpo estonteante que ela "ostenta" e que a gente insiste dizer que foi o resultado de uma genética favorável.

Independentemente do motivo, inveja sempre existirá. O curioso é observar que quando conquistamos as coisas que invejamos nos outros a inveja simplesmente cessa e muitas vezes a "raiva" da pessoa também. Nem entendemos por que ela nos irritava tanto. Acho importante também distinguir a raiva da inveja. Raiva sem motivo, em geral é inveja, agora raiva com motivo é raiva mesmo. Se sentimos é porque o outro fez por onde. 

E ser foco da inveja dos outros? É uma droga. São pessoas desgostando de você gratuitamente. Mas pense bem, e os artistas lindos, os trilhardários, os altamente bem sucedidos, como é que fazem para lidar com isso? Ignoram e ficam espertos para que esse ódio despropositado não interfira nas suas conquistas, sendo que a maioria das pessoas jamais fará uma autoanálise para entender que o problema está em si e não no outro. Aí quem acredita em bênção que se benza, quem é da oração que reze, quem é da desconfiança que não ostente, que cada um se proteja como achar que deve. Particularmente, se eu tivesse um corpo escultural não usaria uma burca. Mas essa sou eu. 


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