domingo, 12 de março de 2017

BOCA A BOCA E REDE SOCIAL


Mais uma vez torno a escrever sobre o que faço e vivo. É inegável que o acesso às mídias sociais virou parte da nossa rotina. Não entrando no mérito do quanto isso possa ou não ser saudável e construtivo, o fato é que uma parcela bem grande do que ficamos sabendo sobre o mundo é proveniente deste canal de informação. Uma coisa que eu acho muito legal é o fato de podermos tomar conhecimento não apenas da notícia, mas também da opinião das pessoas sobre ela. Saber quais são os diferentes pontos de vista sobre um mesmo fato sempre agrega, porque nos leva à revisão e ao questionamento.

A imagem que se projeta na rede social também é um ponto que vale a pena ser comentado. Uma coisa que penso é que, para se conhecer de fato uma pessoa, nada substitui o contato olho a olho e o convívio real. As redes sociais podem legitimar informações que nem sempre são verdadeiras e toda a atenção é pouca para não cairmos em mentiras que podem vir a nos prejudicar. Minha mãe falava uma coisa interessante: "só considere amigo aquela pessoa que vai na sua casa e que você vai na casa dela". Cada vez mais compreendo a sabedoria existente nesse conselho, pois quando vamos à casa de alguém ou quando vão na nossa, estabelecem-se vínculos de confiança e de intimidade, além do que é nas nossas casas que mostramos quem realmente somos e o tipo de vida que levamos.

Se as mídias sociais tivessem surgido quando eu era bem mais jovem teria feito muito boa utilização delas, pois trabalhava na área artística e era muito difícil para se obter visibilidade. Para quem não tinha tanto dinheiro, era um sacrifício divulgar o próprio trabalho: a gente ia nas rádios, publicava em algum jornal, imprimia cartazes e até panfletava no semáforo. Fico pensando como seria bom se eu pudesse gravar vídeos e publicá-los no youtube. Quem os compartilharia? Acredito que meus amigos e os "fãs". Aí que entra a questão do "boca a boca". A credibilidade do seu serviço aumenta demais quando é feita por indicação, afinal, é alguém que a gente conhece que o está indicando. 

Hoje ocorre um fenômeno muito interessante: o boca a boca corre solto através de pessoas que a gente nunca viu. Uma vez, procurando um hotel para me hospedar, fui cair numa página que mostrava fotos de hóspedes que evidenciavam a péssima manutenção do hotel que estaria prestes a ir. Os caras simplesmente resolveram colocar a boca no trombone sobre a má hospedagem e comprovaram fotografando o que tinham visto ali. Da mesma forma, as pessoas falam e mostram coisas positivas e, como sabemos que não estão ganhando nada para fazer isso, acreditamos que há uma grande probabilidade no que ela disse de ser verdadeiro.  

De uma forma inesperada, hoje trabalho bastante nas redes sociais e acredito muito na eficiência dessa forma de comunicação. A mídia impressa está passando por uma fase péssima, ninguém mais compra revistas e até as assinaturas dos jornais caíram muito. Todos nós estamos substituindo muito rapidamente o hábito de ler no papel para as telas de computador, celular e tablet. Há um lado muito positivo nisso: o fato de pessoas poderem mostrar quem são e o que fazem, gastando muito pouco dinheiro. Para isso é necessário ter: um site bem feito, uma fan page bacana, um bom texto, etc. É isso que eu tenho feito para empresas e particulares. Até revisão ortográfica, para não se pagar mico na internet. Hoje em dia, zelar a própria imagem e dar visibilidade àquilo que se vende tornaram-se necessários, porque o boca a boca ampliou as suas dimensões e aquela indicação sempre será a melhor propaganda.

  






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