segunda-feira, 29 de maio de 2017

O QUE É CODEPENDÊNCIA, DEPENDÊNCIA EMOCIONAL OU AFETIVA


Codependência, Dependência Emocional ou Dependência Afetiva, é a inabilidade de manter e nutrir relacionamentos saudáveis com os outros e consigo mesmo, resultando em Relacionamentos Difíceis, Desgastados ou Destrutivos. Aqui você saberá quais são os principais sintomas, se você vive este problema e como tratar este transtorno que pode ser grave e gerar sérios prejuízos à saúde e a todas as áreas da vida.

Alguns Sintomas:

  • Cuidados excessivos com o outro - preocupação constante, necessidade compulsiva de ajudar o outro, antecipando as necessidades dele, assumindo responsabilidades por ele e deixando o próprio cuidado de lado;
  • Baixa autoestima – culpa-se por tudo, autoexigência e autocrítica exagerada, sente-se envergonhado e inferior aos outros, contenta-se com muito pouco, com “migalhas de amor”;
  • Repressão das emoções – reprime seus sentimentos e vontades, de tal modo que, com o tempo, perde o contato;
  • Controle compulsivo – necessidade de ter sempre o controle de si mesmo, das situações, do relacionamento, do outro, tentando mudá-lo;
  • Ciúme doentio – enorme insegurança, pensamentos constantes de ruminação pelo medo de ser traído ou de ser abandonado, comportamentos e discussões na tentativa de controlar os comportamentos do outro;
  • Negação – mente para si mesmo, finge que os problemas não existem ou não são graves, não enxerga e enfrenta os problemas que estão acontecendo na relação, pensa que um dia tudo vai melhorar “do nada”;
  • Vive oscilando entre o céu e o inferno - oscila entre gostar e sentir-se magoado e com raiva do outro, ou seja, ora se sente bem na relação e ora se torna vítima e age como o algoz, cobrando posturas de forma pesada e agredindo o outro;
  • Acredita que depende do outro – procura desesperadamente amor e proteção fora de si mesmo, não consegue ficar só, sente-se ameaçado pela perda do outro, sente que necessita do outro pra ser feliz;
  • Comunicação disfuncional – não expressa abertamente seus sentimentos e pensamentos, a comunicação não é honesta e franca; não consegue ter bons diálogos e discutir objetivamente os problemas; iniciativas de diálogo se tornam discussões áridas.
  • Dificuldades sexuais - usa o sexo para conquistar, segurar e ganhar a aprovação do outro; tenta manipular e controlar o outro através do sexo; fazem sexo quando não querem; com pouco ou nenhum prazer, etc.
  • Envolvimento com pessoas complicadas - escolhe parceiros indisponíveis, indecisos, de classe socioeconômica inferior, agressivos, distantes, que sugam e pouco doam, irresponsáveis, mal-caráter, que também apresentam transtornos psicológicos como dependências (de álcool, de outras drogas, de jogos, etc.). Por isto, tem decepção amorosasofre muito por amor, experimentando uma vida amorosa insatisfatória.

  • Origem

    O termo Codependência teve origem nos estudos com a Dependência química e foi atribuído aos familiares, partindo do princípio de que os familiares de dependentes químicos também apresentariam uma dependência, não das drogas, mas Dependência Emocional ou uma preocupação constante e fixa no dependente. Posteriormente, tornou-se claro que não é necessário conviver com um dependente químico para sofrer de Dependência emocional.

    Causas da Codependência

    A maior parte dos codependentes vem de famílias disfuncionais, conflitivas, que demonstraram significativa fragilidade emocional e, por isto, contribuíram para o desenvolvimento e instalação da dependência emocional entre seus membros. Em geral, o codependente viveu pouco amor, amparo, aceitação, segurança, coerência e harmonia familiar. Em muitos casos, houve rigidez de regras e críticas excessivas, abusos, violência psicológica e até física. Portanto, de modo geral, a pessoa desenvolve a Codependência a partir da infância.

    Pesquisas

    Os resultados de uma pesquisa recente realizada no Brasil, pela Unifesp mostram que, em média, 9 pessoas são afetadas pelo impacto de um dependente químico e estima-se que pelo menos 28 milhões de pessoas vivam hoje no Brasil com um dependente químico. A pesquisa aponta também que, além da resistência do dependente químico em aceitar o tratamento (52% dos casos), o comportamento/atitude da família (11%) é a segunda maior dificuldade encontrada no tratamento. Convivendo com sentimentos opressores como tristeza (28%), impotência (26%), dor, angústia, raiva, desespero, culpa, pena, decepção, solidão e medo. Este impacto corresponde aos vividos por familiares de doentes terminais.
    Solicitamos a gentileza de, ao publicar este artigo, citar a fonte:
    Autora: Dra. Elizabeth Zamerul Ally, médica psiquiatra, psicoterapeuta, especialista em Dependência Química e Codependência www.dependenciaecodependencia.com.br
    FONTE: http://www.elizabethzamerul.com.br/codependencia.php

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