Quando a grande maioria das pessoas pensa em cuidar-se,
pensa primeiramente na saúde física, o que é sem dúvida importante, mas,
cuidar-se é também cuidar do próprio crescimento e da capacidade de
entendimento do mundo. Cada vez mais, torna-se normal ver pessoas orientadas
para o “sucesso”, e esquecendo de se
questionar se estão felizes,
realizadas, ou ao menos, se estão estabelecendo uma relação satisfatória com o
mundo. A consciência crítica está em baixa e o autoconhecimento tem sido
relegado a segundo plano, como uma coisa menos imediata entre tantas urgências.
No entanto, nada mais urgente do que ele.
Governos investem bilhões em tecnologia e zero em
consciência. E nós, infelizmente, não fazemos muito diferente. Talvez, a saída
para os males que afligem e ameaçam o homem não esteja na tecnologia ou no
sucesso, e sim na consciência. É preciso investir sem ressalvas ou restrições nela.
“Investir em
consciência
começa pela
investigação e desenvolvimento
da própria percepção.”
O entendimento da
percepção começa pela compreensão do quanto ela é física, mental ou emocional,
pelo entendimento dos cinco sentidos e de como elaboramos as informações que
recebemos por eles. Os mesmos sentidos podem servir para enganar ou para
elucidar. Podem enganar como no caso da pessoa que está no deserto e, ao ver as
ondulações no ar, transforma-as numa miragem de “água à vista”, ou podem
elucidar quando a calma é suficiente para que a mesma pessoa não se entregue à
primeira interpretação do que os sentidos percebem, mas espera a poeira se
assentar e a imagem se formar por completo dentro dela.
Quando você está desorganizado internamente, seu centro de
discernimento se ocupa em processar imagens em funções trocadas e você perde o
discernimento. Na verdade, os sentidos nunca nos enganam, nós e que nos
queremos nos enganar e transformamos a imagem que vem deles.
As imaginações e memórias que guardamos dentro de nós,
voltam à tona sempre em forma de imagem, som, cheiro, gosto ou experiência
tátil. O inconsciente sempre se serve da linguagem de algum dos sentidos para
vir à tona. Quando conseguimos recuperar a informação com todos os sentidos por
igual, ela vem muito mais completa e fidedigna. Mas, por temermos a informação
direta, rotulamos aquilo que os sentidos nos dizem.
Rotular é conseguir uma estabilidade inútil. Quando você amplia o seu processo de percepção, desestabiliza os rótulos dentro de você, e volta a lidar com a vida de forma mais criativa, presente e pulsante. Você recupera o pulsar do seu organismo e, com isso, além da sua percepção, todas as suas funções vitais se vêm melhoradas.
Rotular é conseguir uma estabilidade inútil. Quando você amplia o seu processo de percepção, desestabiliza os rótulos dentro de você, e volta a lidar com a vida de forma mais criativa, presente e pulsante. Você recupera o pulsar do seu organismo e, com isso, além da sua percepção, todas as suas funções vitais se vêm melhoradas.
Perceber é uma arte, e como tal, é algo que pode ser
aprendido e aprimorado. Sempre é possível mudar programas perceptivos e lidar
com o mundo de maneira mais satisfatória, autônoma e inteligente.
Pedro Tornaghi pesquisa desde os anos 70 a relação entre as
culturas oriental e ocidental. Astrólogo e professor de meditação, se
especializou nas inter-relações entre neurobiologia, psicoterapia e meditação
oriental.
Na década de 90, passou em média 3 meses por ano
em pesquisas na Índia e desenvolveu o seu próprio método de trabalho, criando
para isso técnicas originais de meditação, apresentadas em cursos, congressos,
workshops e centros de meditação.
http://pedrotornaghi.com.br/blogger/
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